Lastros da casa antiga,
ferrugem, repletas de
ferrugem
estão todas as vias.
Obnubilações da
consciência
orfão subnegado, demônio
do ar.
Arfando à procura do nome
perdido
da face perdida na ilha
submersa.
a volta que deste
a si mesmo impuseste
naufrágios,
abrindo portas e janelas
para abutres raivosos
que rondam teu fígado
exposto
teu coração exposto,
teus sonhos decompostos
por teus próprios amigos.
Restavam apenas três
pormenores
desintegrados no tempo de
um soluço,
fugazes como a alacridade
de um sorriso:
Três descobertos e eram gêmeos
unidos pela violência de
destruições incontáveis
e pelas mãos de uma mesma mulher,
tão puta quanto a mãe.
O primeiro, reificado, eu
mesmo.
O segundo ensaia risos, disfarça.
O terceiro ainda tritura entranhas
velado pela lua e incensos
de canela.
O que ainda há de ser
dito e transfigurado no poema
quando já nem mais
podemos ficar
nus em nossas casas?
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